NA COMPANHIA DO MEDO


"Quem ou o que seriam essas misteriosas criaturas que surgem nas penumbras das noites, parecendo vigiar quem estaria distraído ou mesmo em sono profundo? Seriam criaturas do além que retornaram ao nosso mundo desejando transmitir alguma mensagem, ou seriam seres de outras dimensões com outros objetivos mais perigosos?"


O Relato a seguir é sobre esse tipo de acontecimento!

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Confesso que poucas pessoas sabem do que aconteceu comigo.
Eu tinha vergonha de contar, porque as pessoas costumam chamar de "louca" quem diz ter vivenciado algo tão sobrenatural quanto vivi.
Meus pais demoraram pra acreditar que essas coisas realmente aconteciam comigo, creio até que eles pensavam que eu não era muito certa da cabeça.


Bom, tudo começou quando eu era criança, e tinha entre 5 e 7 anos, quando eu brincava na sala da minha casa.
Lembro que as vezes deitava a cabeça no chão da sala e podia ouvir vozes cantando, ao mesmo tempo, uma canção que eu não conhecia... nem sempre era a mesma música.
Na infância inteira via muitos vultos, pela casa toda... só que o mais engraçado de tudo é que eu pouco tinha medo, eu não me assustava com aquilo... pra mim era algo natural.
Depois que cresci, percebi que não.

2009 - Estava com duas amigas em casa, conversando com um menino no MSN, e as luzes da casa estavam todas acesas, quando sem mais nem menos, a luz do meu quarto desligou sozinha.
Não tinha queimado a lâmpada, porque voltei no quarto e quando acendi e a luz, ela estava funcionando perfeitamente.
Também não foi queda de luz, porque as luzes do resto da casa continuaram acesas.
Simplesmente apagou, como se alguém tivesse desligado mesmo.

2010 - Um dia eu estava na sala olhando televisão, sozinha. Eu ficava todos os dias sozinha durante o dia inteiro.
Saí da sala, fui fazer o almoço, e de repente a televisão desligou sozinha, sem mais nem menos.
Na hora pensei que fosse algum problema da televisão, mas isso seguiu se repetindo várias vezes, e o mais engraçado é que a televisão nunca desligou comigo na sala, somente quando eu não estava lá mesmo!
Mas o que mais me deixou assustada, foi que alguns meses depois, eu acordei com a televisão ligada em um volume escandaloso.
Não sei como isso aconteceu, mas eu fiquei nervosa, lembro que chorei bastante e até liguei pro meu pai, que não deu muita bola e disse que não era nada.
Depois disso, as outras televisões da casa começaram a ligar sozinhas quando eu estava sem ninguém.
Comecei a deixar elas desligadas da tomada.

2011 - Foi o 2º caso mais assustador que aconteceu comigo (porque o 1º seria em 2013).
Eu cuidava todos os dias do meu irmão pequeno, que tinha 2 anos de idade e eu sempre ficava dormindo na cama junto com ele de manhã.
Em uma manhã, acordei, sentei na cama e quando olhei para o lado, havia um homem com aparentemente 40 anos, alto, nem gordo, nem magro, parado me olhando.
Parecia que ele estava prestando atenção em mim e no meu irmão, analisando a gente mesmo. Fiquei assustada e falei:

- O que tu quer aqui? O que tu quer aqui?


Ele não respondeu nada. Então gritei:

- Saaaai daquiiiiiiiii!
Ele virou as costas e saiu caminhando.
Demorei pra sair do quarto porque fiquei com medo de encontrar ele dentro de casa. Mas mais tarde quando saí, não encontrei ninguém.

2013 - Isso foi agora em agosto de 2013. Foi acho que o maior pavor que já tive e espero que não tenha um mais assustador que esse.
Eu tinha ido dormir mais cedo, estava com sono.
Pedi para o meu namorado olhar televisão na sala, porque queria ficar no escurinho do quarto.
Meu namorado acabou pegando no sono na sala.
Eu acordei entre 2 e 3 horas da manhã, e vi um homem (até então pensava ser meu namorado) ajoelhado no criado mudo do lado da minha cama.
Parecia que estava lendo alguma coisa, como se estivesse lendo um livro mesmo.
Ele estava usando um casaco do meu namorado, um casaco de capuz, estava com o capuz na cabeça.
E o fato de ele estar usando o casaco do meu namorado fez com que eu pensasse que era meu namorado

Então eu disse:

- Amor, tá fazendo o que aí?

Ele não respondeu. Falei denovo:

- Hein amor.

Ele não respondeu. Estiquei o braço para cutucar ele e antes que eu encostasse ele virou pra mim.
Era um homem, parecia ter 20 e poucos anos.
Na hora juro que pensei que fosse um bandido. Fiquei olhando pra ele, esperando que ele falasse algo.
Ele não disse nada. Mas olhava dentro dos meus olhos. Parecia que ele estava tão assustado quanto eu.
Então el foi se afastando, e se escondeu entre meu ropeiro e a janela.
Levantei correndo da cama e liguei a luz do quarto.
Comecei a procurar ele, e não o achei em lugar nenhum.
Quando percebi que não tinha achado mais ele, foi quando me toquei de que o que eu tinha visto era um espírito mesmo.

Sai correndo do quarto, gritando desesperada, e acordei todos em casa.
No outro dia percebi que em cima do criado mudo tinha um album de fotos de quando meu namorado era pequeno, um album que eu tinha deixado ali em cima mesmo. Logo associei que o espírito que vi ajoelhado no criado mudo estava vendo aquele album de fotos.
No outro dia, conversei com a vó do meu namorado. Ela é médium. Me disse que certamente sou uma pessoa sensível e posso ter contato com os mortos. Por isso que eles tem aparecido pra mim.
Mas quem seria essas pessoas que vi?

Um dia olhando as fotos de família na casa da vó de meu namorado, vi uma foto de quando o falecido vô do meu namorado era jovem (com 20 e poucos anos de idade).
Eu juro que nunca tinha visto foto alguma do vô dele.
Podem pensar que estou mentindo, mas eu tenho certeza absoluta de que as fotos de jovem que vi do falecido vô do meu namorado eram iguais ao homem que vi no quarto. Fiquei muito assustada, até hoje estou assustada.
O vô do meu namorado estava no meu quarto,vestindo um casaco igual ao do meu namorado e folheando um album de fotos de quando meu namorado era pequeno.

Agora resta a mim saber quem era aquele homem que vi parado na porta do quarto em 2011, porque tenho certeza absoluta de que é alguém que morreu.

E se eu for realmente uma futura médium, a tendencia é que essas histórias se repitam.
Tomara que eu saiba lidar bem com tudo isso.


 

Amanda F. Rodrigues - Sapiranga - RS - Brasil
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